Missa Dominical da Irmandade, semanalmente, domingo às 12h00.
Culto
Igreja e atos religiosos.
Igreja da Misericórdia
Culto
A Santa Casa da Misericórdia disponibiliza a sua Igreja para celebrações religiosas extracapelania mediante agendamento prévio nos Serviços Administrativos.
Visitas
Individuais
Solicitar nos serviços Administrativos abertura da igreja e acompanhamento da visita.
Individuais
Solicitar com antecedência por escrito realização da visita. (Email: geral@scmviana.pt)
Horário de Abertura da Igreja:
segunda a sexta, das 10h às12h e das 15h às 17h.
Sábados, das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 18h30
segunda a sexta, das 10h às12h e das 15h às 17h.
Sábados, das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 18h30
Património e história
Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo
Data do século XVIII a atual igreja da Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo. Localizada em pleno coração da cidade, adjacente à Praça da República, constitui, pela singularidade e riqueza artística albergada no seu interior, um dos principais atrativos de visita para locais e forasteiros.
Da antiga igreja existente, sabe-se que em 1714 o seu estado de degradação era tal que a Mesa Administrativa se viu obrigada a equacionar a sua parcial ou total demolição. Sendo esta última a via pela qual veio a enveredar, a deliberação de construção de um novo templo foi tomada em 1716 segundo o projeto do coronel e engenheiro de fortificações e artilharia Manuel Pinto de Vila Lobos e o ajuste da obra foi contratado com o mestre pedreiro Jerónimo de Oliveira em 14 de Setembro desse ano.
Foi da execução deste projeto que resultou a atual Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo, de estilo barroco, embora de exterior simples e utilitário, próprio do século XVII, contrastando com o interior, rico em ornatos arquitetónicos e decorativos em consonância aliás com a tradição barroca.
A porta da rua para o interior é emoldurada por um pórtico de colunas caneladas e um frontão quebrado em volutas de que emerge a imagem e Nossa Senhora com o Filho morto no regaço.
O interior do templo é de uma só nave para, segundo o espírito tridentino, permitir claramente a visão do púlpito, lugar proeminente da pregação e doutrinação da fé através da palavra do clérigo pregador. Porém, numa época de generalizado analfabetismo, outros meios de doutrinação complementares da insuficiência dos pregadores e impossibilidade de acesso aos textos escritos se prestavam a uma leitura e interpretação acessíveis ao povo cristão. Cabe neste contexto um papel central às diversas formas de representação imagética no que constitui a principal riqueza do interior da Igreja da Misericórdia.
Os Azulejos
Concluídas as obras da estrutura da igreja, a Mesa define e executa um vasto programa de obras de ornamentação das paredes interiores forrando-as de azulejos o que permitia, para além da sua função doutrinal, poupar dinheiro nas ornamentações das festividades. Os azulejos, em número superior a 16 milheiros, que cobrem todo o interior, têm a assinatura de Pilocarpo de Oliveira e foram assentados por Miguel Gomes.
Principais Quadros
Na Capela-Mor
Lado esquerdo: 4 episódios da vida de Nossa Senhora.
Nascimento da Virgem, Apresentação no Templo, Casamento, Anunciação.
Lado direito: 4 episódios relativos ao Menino Jesus.
Nascimento, Adoração dos Magos, Apresentação no Templo, Circuncisão do Menino.
Arco do Cruzeiro
Todo o espaço é dedicado a Nossa Senhora da Misericórdia em cujo manto se abrigam o clero, a nobreza e o povo.
Corpo da igreja
Painéis relativos às obras de Misericórdia, havendo mais um com a Dança do rei David. Todas as obras de misericórdia são ilustradas com quadros da Bíblia e localizados pelos respectivos versículos, surgindo as obras espirituais do lado do Evangelho, a partir do subcoro e as materiais do lado da Epístola. As imagens impressionam pela perfeição do desenho, a leveza dos esbatidos, a naturalidade das figuras.
Talhas
Avultam as douradas dos altares, em especial as da Capela-Mor, em estilo pré-joanino executadas em 1719 por Ambrósio Coelho e que testemunham o culto à Virgem e a vários santos. Destacam-se como obras do mesmo autor as imagens da Senhora da Visitação com Santa Isabel e S. Joaquim com Santa Ana. São igualmente do mesmo mestre entalhador os retábulos colaterais de Santo António e de Nossa Senhora da Misericórdia.
Retábulos laterais
Do lado do Evangelho: o primeiro com invocação do Nascimento, em talha polícroma, tendo ao centro um painel com a Adoração dos Magos, os dois seguintes dedicados um a Nossa Senhora do Pilar e o outro a Santo Cristo.
Do lado da Epístola, igualmente três retábulos: o primeiro dedicado a Nossa Senhora do Porto, o segundo a Santo Ovídio e o terceiro a Nossa Senhora da Boa Morte.
Em todos os retábulos ressalta a abundância de imaginária tanto da figura de Cristo, particularmente expressivas as do Senhor da Cana Verde e de Cristo atado à coluna, e santos do devocionário cristão.
Obras de pintura e douramento
Retábulo do Santo Cristo e de Nossa Senhora da Conceição, do pintor dourador vianense Santiago Gonçalves.
Pinturas a grotesco do tecto da igreja, do mestre vimaranense Manuel Gomes.
Capelas e grades do coro, de Francisco Teixeira.
O Órgão do Coro
O actual órgão existente no coro, adjudicado ao Padre Lourenço da Conceição, organeiro portuense, resulta do aproveitamento da caixa e dos canos de um outro anterior do qual se aproveitaram em parte a caixa e os canos. Ladeando o órgão verdadeiro existe um falso órgão que consta unicamente da caixa para criar simetria na ocupação do espaço. O risco para alteração da caixa do órgão verdadeiro e do órgão falso é da autoria de Manuel Pinto de Vila Lobos, tendo o trabalho sido executado por Pedro Salgado, mestre escultor de Barcelos.
Da antiga igreja existente, sabe-se que em 1714 o seu estado de degradação era tal que a Mesa Administrativa se viu obrigada a equacionar a sua parcial ou total demolição. Sendo esta última a via pela qual veio a enveredar, a deliberação de construção de um novo templo foi tomada em 1716 segundo o projeto do coronel e engenheiro de fortificações e artilharia Manuel Pinto de Vila Lobos e o ajuste da obra foi contratado com o mestre pedreiro Jerónimo de Oliveira em 14 de Setembro desse ano.
Foi da execução deste projeto que resultou a atual Igreja da Misericórdia de Viana do Castelo, de estilo barroco, embora de exterior simples e utilitário, próprio do século XVII, contrastando com o interior, rico em ornatos arquitetónicos e decorativos em consonância aliás com a tradição barroca.
A porta da rua para o interior é emoldurada por um pórtico de colunas caneladas e um frontão quebrado em volutas de que emerge a imagem e Nossa Senhora com o Filho morto no regaço.
O interior do templo é de uma só nave para, segundo o espírito tridentino, permitir claramente a visão do púlpito, lugar proeminente da pregação e doutrinação da fé através da palavra do clérigo pregador. Porém, numa época de generalizado analfabetismo, outros meios de doutrinação complementares da insuficiência dos pregadores e impossibilidade de acesso aos textos escritos se prestavam a uma leitura e interpretação acessíveis ao povo cristão. Cabe neste contexto um papel central às diversas formas de representação imagética no que constitui a principal riqueza do interior da Igreja da Misericórdia.
Os Azulejos
Concluídas as obras da estrutura da igreja, a Mesa define e executa um vasto programa de obras de ornamentação das paredes interiores forrando-as de azulejos o que permitia, para além da sua função doutrinal, poupar dinheiro nas ornamentações das festividades. Os azulejos, em número superior a 16 milheiros, que cobrem todo o interior, têm a assinatura de Pilocarpo de Oliveira e foram assentados por Miguel Gomes.
Principais Quadros
Na Capela-Mor
Lado esquerdo: 4 episódios da vida de Nossa Senhora.
Nascimento da Virgem, Apresentação no Templo, Casamento, Anunciação.
Lado direito: 4 episódios relativos ao Menino Jesus.
Nascimento, Adoração dos Magos, Apresentação no Templo, Circuncisão do Menino.
Arco do Cruzeiro
Todo o espaço é dedicado a Nossa Senhora da Misericórdia em cujo manto se abrigam o clero, a nobreza e o povo.
Corpo da igreja
Painéis relativos às obras de Misericórdia, havendo mais um com a Dança do rei David. Todas as obras de misericórdia são ilustradas com quadros da Bíblia e localizados pelos respectivos versículos, surgindo as obras espirituais do lado do Evangelho, a partir do subcoro e as materiais do lado da Epístola. As imagens impressionam pela perfeição do desenho, a leveza dos esbatidos, a naturalidade das figuras.
Talhas
Avultam as douradas dos altares, em especial as da Capela-Mor, em estilo pré-joanino executadas em 1719 por Ambrósio Coelho e que testemunham o culto à Virgem e a vários santos. Destacam-se como obras do mesmo autor as imagens da Senhora da Visitação com Santa Isabel e S. Joaquim com Santa Ana. São igualmente do mesmo mestre entalhador os retábulos colaterais de Santo António e de Nossa Senhora da Misericórdia.
Retábulos laterais
Do lado do Evangelho: o primeiro com invocação do Nascimento, em talha polícroma, tendo ao centro um painel com a Adoração dos Magos, os dois seguintes dedicados um a Nossa Senhora do Pilar e o outro a Santo Cristo.
Do lado da Epístola, igualmente três retábulos: o primeiro dedicado a Nossa Senhora do Porto, o segundo a Santo Ovídio e o terceiro a Nossa Senhora da Boa Morte.
Em todos os retábulos ressalta a abundância de imaginária tanto da figura de Cristo, particularmente expressivas as do Senhor da Cana Verde e de Cristo atado à coluna, e santos do devocionário cristão.
Obras de pintura e douramento
Retábulo do Santo Cristo e de Nossa Senhora da Conceição, do pintor dourador vianense Santiago Gonçalves.
Pinturas a grotesco do tecto da igreja, do mestre vimaranense Manuel Gomes.
Capelas e grades do coro, de Francisco Teixeira.
O Órgão do Coro
O actual órgão existente no coro, adjudicado ao Padre Lourenço da Conceição, organeiro portuense, resulta do aproveitamento da caixa e dos canos de um outro anterior do qual se aproveitaram em parte a caixa e os canos. Ladeando o órgão verdadeiro existe um falso órgão que consta unicamente da caixa para criar simetria na ocupação do espaço. O risco para alteração da caixa do órgão verdadeiro e do órgão falso é da autoria de Manuel Pinto de Vila Lobos, tendo o trabalho sido executado por Pedro Salgado, mestre escultor de Barcelos.
Fontes:
Paula Cristina Machado Cardona, Confrarias de Viana do Castelo: A encomenda artística dos séculos XVI a XIX, ed. Afrontamento, 1.ª ed. Dezembro 2012, pp 311-329.(versão digital).
MRSC Carvalho, A igreja da Misericórdia de Viana do Castelo. (versão digital).
Paula Cristina Machado Cardona, Confrarias de Viana do Castelo: A encomenda artística dos séculos XVI a XIX, ed. Afrontamento, 1.ª ed. Dezembro 2012, pp 311-329.(versão digital).
MRSC Carvalho, A igreja da Misericórdia de Viana do Castelo. (versão digital).